O evento realizado há 23 anos pela universidade reúne diferentes atividades culturais e une o público pela arte

Thays Kloss

O Festival de Inverno da Universidade Federal do Paraná (UFPR), que acontece todos os anos em Antonina, trouxe, dos dias 13 a 20 de julho, a vigésima terceira edição cheia de atividades de várias vertentes artísticas, reunindo um grande público em um verdadeiro palco cultural.

Há 23 anos a Federal realiza o festival, que tem como principal motivação disseminar a arte e ajudar a construir e transformar a sociedade. Com shows, palestras, oficinas, exposições e várias atividades culturais, o público troca experiências, se diverte e  aprende.

A abertura do festival ficou por conta da banda Os Mutantes, que prestigiou o Dia Mundial do Rock,  13 de julho, e agitou oito mil pessoas de várias gerações. Na Praça Central da cidade acontecia, todas as tardes, a oficina “Vem brincar na praça você também, vem!” direcionada ao público infantil. Para quem gosta de cinema, uma Mostra de Filmes reuniu os espectadores às 14h da tarde, dos dias 15 a 19, no Auditório do Centro Estadual de Educação Profissional Brasílio Machado. Cada sessão contava com comentários feitos por professores da UFPR sobre o roteiro.

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Show dos Mutantes abriu o festival e trouxe oito mil pessoas à Antonina. | Foto: Divulgação

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Mostra de filmes reuniu espectadores nas tarde do dia 15 a 19. | Foto: Divulgação

Ainda no Auditório, foi montada uma mesa-redonda que debateu a “Cultura, Formação e Gestão Cultural”. Para o último dia, ficou reservado um Passeio de Cicloturismo com descida pela Estrada da Graciosa. O grupo de ciclistas partiu, pela manhã,  do campus das Ciências Agrárias, no bairro do Juvevê, em Curitiba, e chegaram no festival, em Antonina, por voltas das 13 horas.

Os espetáculos atenderam a todos os gostos. Ballet, orquestras, blocos de folclore, teatro, dança, músicas de todos os tipos fizeram a programação ser eclética e atender dos mais jovens aos mais velhos. “O bom do festival é que você sempre tinha algo para fazer, independente do seu gosto ou idade, isso é o mais legal de um evento assim, disseminar a cultura para todos os públicos”, afirma Ilana Andrade, arquiteta que decidiu aproveitar a semana do festival com a família e trazer os filhos que estavam de férias.

Para Ilana, o festival não só traz diversão, como conhecimento e um contato diferente com a arte que, normalmente, por falta de tempo as pessoas costumam não aproveitar ou não recebe tanta visibilidade, além de ser uma oportunidade que todos podem aproveitar.

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Bloco de folclore agitou as ruas de Antonina. | Foto: Divulgação

As oficinas também eram direcionadas a todos os públicos. As pessoas tinham que fazer a inscrição pelo site do festival, pagar uma taxa e ver o material necessário para participar. Exposições e palestras também faziam parte do evento. “É uma oportunidade única encontrar tanta arte e cultura reunidas em um único lugar, com uma abertura que permite conhecer coisas diferentes e acabar gostando de algo que antes você não conhecia tão bem, e ainda envolvendo tantas gerações”, diz Felipe Petrosky, estudante de design.

O festival conta com a participação de alunos, professores e técnicos da universidade. Todos os anos, os alunos e o público são convidados a participar e promover a integração social pela cultura. A cidade de Antonina acaba se transformando em um campus cultural aberto a toda sociedade, mostrando que a cultura é abrangente e pode estar presente e integrada ao convívio, reunindo várias vertentes e todos em um espaço que transforma, diverte e agrega muitos benefícios.

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Oficinas foram ofertadas para todos os públicos. | Foto: Divulgação

A próxima edição promete ainda mais. O reitor da UFPR, Zaki Akel, prometeu novidades que estão sendo planejadas desde já. O objetivo é conquistar cada vez mais pessoas e oferecer espaço para a arte se expressar. Sempre acontecendo na metade do ano, o festival é anunciado no portal de notícias da UFPR e aguardado por muitos, sendo já considerado uma tradição na cidade. Antonina conta com pousadas, campis e casas para alugar onde os visitantes podem aproveitar não só o evento, mas a paisagem histórica do litoral paranaense. Para quem quiser, passeios de trem podem ser feitos. Não só a cultura, mas o turismo, a educação, o público e também a universidade, que pretende integrar mais departamentos, enriquecendo o evento, acaba ganhando junto.

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Encerramento da vigésima terceira edição do Festival de Inverno da UFPR, planos já estão sendo feitos para o próximo ano. | Foto: Divulgação